Para quem é fã de futebol americano, o Super Bowl dispensa
apresentações e desperta a curiosidade sobre o vencedor. E mesmo aquele que não conhece sobre o
esporte, certamente deve ter lido algo sobre o assunto, que tem tomado conta da
mídia nos últimos dias.
O Super Bowl é a grande final do futebol americano,
campeonato organizado pela NFL (em português: Liga Nacional de Futebol
Americano). A Liga é dividida entre a Conferência Nacional (NFC) e a Conferência
Americana (AFC), as conferências possuem quatro divisões, sendo a Norte, Sul,
Leste, e Oeste, com 4 equipes em cada divisão. O vencedor do NFC decide a taça
contra o vitorioso da AFC.
A grande decisão da NFL acontece sempre em jogo único no
primeiro domingo de fevereiro, em data pré-definida. Nesta temporada, o Super
Bowl 49 foi no dia 1º e decidido entre New England Patriots, campeão da AFC e o
Seattle Seahawks, vitorioso da NFC, aconteceu na University of Phoenix Stadium,
em Glendale, Arizona e contou com a vitória do New England Patriots por 28 a
24.
O evento dentro de campo é superado pelo intervalo. O
intervalo do Super Bowl levanta milhões de dólares e sempre atrai muitas marcas
para aparecerem nesse momento de maior audiência na televisão norte-americana.
Para se ter uma ideia do poder do intervalo, a NBC, rede de
televisão que transmitiu a partida vendeu as suas cotas de patrocínios pela “bagatela”
de U$S 4,5 milhões. Esse valor permite que as empresas apareçam com suas
campanhas por 30 segundos, cada segundo equivale cerca de US$ 150 mil.
Os valores podem ser considerados altos, no entanto o
retorno que as empresas conseguem, valem a pena cada segundo investido. Por ser
a maior audiência da televisão americana, as empresas apostam em realizar
campanhas que possam agregar valores e também repercussão nas redes sociais.
Exemplo disso foi a Budweiser que em 2014 fez a campanha de
uma amizade entre um cachorro e um cavalo. O vídeo foi visto por 111 milhões de
pessoas pela TV e quando foi postado no Youtube alcançou a marca de 55 milhões
de visualizações. Caso o retorno financeiro não seja satisfatório, ao menos a
marca permanece na mídia.
Sabendo disso, a cervejaria britânica Newcastle se empenhou
em pagar os US$ 4,5 milhões. A empresa realizou um crowfunding (financiamento
coletivo) e junto com outras 37 marcas, conseguiu realizar o pagamento. Essa
iniciativa só foi possível com a garantida dessas outras empresas aparecerem em
anúncios publicitários da cervejaria.
Por outro lado, a NBC teve certas dificuldades em fechar as
cotas de patrocínios do Super Bowl, algo que aconteceu no último dia 28.
Comparado com ano passado, a Fox que transmitiu a partida, encerrou as vendas a
dois meses antes da grande final, pelo valor de US$ 4 milhões. No Brasil, a
ESPN transmitiu a grande final e o Cinermark exibiu o jogo nas telas de cinema.
E o evento movimenta cerca de US$ 6,5 bilhões por temporada em transmissão de
tevê.
O show do intervalo também é a grande atração, com grandes
nomes da música e o que acontece nas apresentações fica marcado na história do
entretenimento. A produção é impecável e dificilmente algo dar errado. Nesta
temporada, a cantora Katy Perry foi responsável em animar o público. Em 2004, Justin Timberlake e Janete Jackson faziam a sua
performance em Texas, o cantor abriu o corpete da moca e os seios dela ficaram
a mostra.
Esse caso ilustra como uma ideia pode dar errado, tanto que
a carreira de Janete nunca mais foi a mesma e Justin viu no pedido de
desculpas, a forma de não acabar com a carreira solo que tinha iniciado há tão
pouco tempo.
Então, o Super Bowl ensina que as marcas devem explorar esse
evento de grande porte e que qualquer escorregão pode ser crucial para a
credibilidade da empresa. Que venha o
Super Bowl 2016, com as grandes emoções dentro e fora de campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário