quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Super Bowl, uma partida que vale milhões de dólares

Para quem é fã de futebol americano, o Super Bowl dispensa apresentações e desperta a curiosidade sobre o vencedor.  E mesmo aquele que não conhece sobre o esporte, certamente deve ter lido algo sobre o assunto, que tem tomado conta da mídia nos últimos dias.

O Super Bowl é a grande final do futebol americano, campeonato organizado pela NFL (em português: Liga Nacional de Futebol Americano). A Liga é dividida entre a Conferência Nacional (NFC) e a Conferência Americana (AFC), as conferências possuem quatro divisões, sendo a Norte, Sul, Leste, e Oeste, com 4 equipes em cada divisão. O vencedor do NFC decide a taça contra o vitorioso da AFC.

A grande decisão da NFL acontece sempre em jogo único no primeiro domingo de fevereiro, em data pré-definida. Nesta temporada, o Super Bowl 49 foi no dia 1º e decidido entre New England Patriots, campeão da AFC e o Seattle Seahawks, vitorioso da NFC, aconteceu na University of Phoenix Stadium, em Glendale, Arizona e contou com a vitória do New England Patriots por 28 a 24.



O evento dentro de campo é superado pelo intervalo. O intervalo do Super Bowl levanta milhões de dólares e sempre atrai muitas marcas para aparecerem nesse momento de maior audiência na televisão norte-americana.

Para se ter uma ideia do poder do intervalo, a NBC, rede de televisão que transmitiu a partida vendeu as suas cotas de patrocínios pela “bagatela” de U$S 4,5 milhões. Esse valor permite que as empresas apareçam com suas campanhas por 30 segundos, cada segundo equivale cerca de US$ 150 mil.

Os valores podem ser considerados altos, no entanto o retorno que as empresas conseguem, valem a pena cada segundo investido. Por ser a maior audiência da televisão americana, as empresas apostam em realizar campanhas que possam agregar valores e também repercussão nas redes sociais.

Exemplo disso foi a Budweiser que em 2014 fez a campanha de uma amizade entre um cachorro e um cavalo. O vídeo foi visto por 111 milhões de pessoas pela TV e quando foi postado no Youtube alcançou a marca de 55 milhões de visualizações. Caso o retorno financeiro não seja satisfatório, ao menos a marca permanece na mídia.

Sabendo disso, a cervejaria britânica Newcastle se empenhou em pagar os US$ 4,5 milhões. A empresa realizou um crowfunding (financiamento coletivo) e junto com outras 37 marcas, conseguiu realizar o pagamento. Essa iniciativa só foi possível com a garantida dessas outras empresas aparecerem em anúncios publicitários da cervejaria.

Por outro lado, a NBC teve certas dificuldades em fechar as cotas de patrocínios do Super Bowl, algo que aconteceu no último dia 28. Comparado com ano passado, a Fox que transmitiu a partida, encerrou as vendas a dois meses antes da grande final, pelo valor de US$ 4 milhões. No Brasil, a ESPN transmitiu a grande final e o Cinermark exibiu o jogo nas telas de cinema. E o evento movimenta cerca de US$ 6,5 bilhões por temporada em transmissão de tevê.

O show do intervalo também é a grande atração, com grandes nomes da música e o que acontece nas apresentações fica marcado na história do entretenimento. A produção é impecável e dificilmente algo dar errado. Nesta temporada, a cantora Katy Perry foi responsável em animar o público. Em 2004, Justin Timberlake e Janete Jackson faziam a sua performance em Texas, o cantor abriu o corpete da moca e os seios dela ficaram a mostra.

Esse caso ilustra como uma ideia pode dar errado, tanto que a carreira de Janete nunca mais foi a mesma e Justin viu no pedido de desculpas, a forma de não acabar com a carreira solo que tinha iniciado há tão pouco tempo.

Então, o Super Bowl ensina que as marcas devem explorar esse evento de grande porte e que qualquer escorregão pode ser crucial para a credibilidade da empresa.  Que venha o Super Bowl 2016, com as grandes emoções dentro e fora de campo.

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