sexta-feira, 24 de junho de 2011

Discriminação

Quem acompanha o meu blog sabe que trato de assuntos considerados leves e informativos, mas conversando com uma amiga na semana passada, lembrei de um assunto e de um fato que aconteceu comigo.

O assunto em questão é a discriminação em todos os sentidos, seja por cor de pele, orientação sexual, ser pobre, ter uma deficiência física ou mental, por ser gordo e também por ser nordestino. Abomino pessoas que discriminam e que julgam as outras por ser diferente delas em um dos aspectos que mencionei acima.

Acredito que a discriminação começa pelos pais e responsáveis pela criança. Portanto se esses discriminadores não forem combatidos na infância, eles serão intolerantes durante a sua vida. Penso que a pessoa tem que aprender a lidar e respeitar as diferenças dos outros.


Graças a Deus, nunca cometi nenhum ato de discriminação, mas já sofri um, o de cor de pele, há aproximadamente 4 anos atrás. Fato esse que contarei a vocês, logo abaixo.

Eu estava no quarto semestre de jornalismo e ainda estudava na UNIP. E o grupo em que eu estava tinha que fazer uma revista sobre a religião islâmica. Pois bem, em um sábado quatro amigos e eu fomos até São Bernardo entrevistar um sheik. Após a entrevista, chegamos em São Paulo e paramos em um bar na Rua Augusta, local que não me recordo o nome agora e que estava lotado.

Como eu não tinha grana, resolvi dar uma volta pela rua e meia-hora depois voltei ao bar. Os meus amigos estavam no fundo e como não tinha cadeira para mim, sentei no pé de uma escada. Um tempo depois, uma garçonete hostil pediu com grosseria para que eu desse licença para ela subir as escadas. Fiz isso e continuei sentado conversando com um dos meus amigos. Em seguida, outra garçonete diferente da primeira, já que me tratou com educação, nem se importou com a minha presença ali e apenas subiu as escadas.

Um tempo depois, a garçonete hostil desceu as escadas e grosseiramente me pediu licença novamente. Depois disso, ela foi falar com o dono do bar e apontou para mim. Em questão de segundos, o cara saiu do balcão e veio falar comigo. Ele disse: "Sai daí moleque e não enche o saco dos clientes, sai fora".

Eu respondi: "Me tira daqui se for homem o suficiente... E se toca, que não estou enchendo o saco de ninguém".

Ele só dizia: "Sai fora, sai fora, tá espantando os clientes".

Daí um dos meus amigos viu que eu estava perdendo controle, interferiu e disse que eu estava com eles. Foi só aí, que o dono do bar parou de falar besteira e me pediu desculpas, que não aceitei de jeito nenhum.

Por fim, quando saímos do bar, o dono e a garçonete hostil me pediram desculpas. Não aceitei e ainda disse que a justiça divina tarda mas não falha. E que ambos se acertariam com Deus e não comigo. Pois bem, duas semanas se passaram e vejo uma matéria no SPTV primeira edição, que um bar na Rua Augusta foi assaltado e um dos clientes foi assassinado. O local era o mesmo que eu sofri a discriminação.

Confesso que lamentei a morte do cliente, que não tinha nada a ver com a história, mas acredito que o prejuízo ao dono do bar foi de certa forma uma justiça divina. É como aquelas velhas máximas: "Aqui se faz, aqui se paga" e "Tudo o que vai, volta".

É por esses e outros motivos que respeito todas as pessoas em igualdade. Não admito e muito menos convivo com alguém preconceituoso, quero mesmo é distância. E também acredito que essa gente discriminatória não tem inteligência, educação e muito menos caráter. Pois se acham além do bem e do mal para julgar quem é diferente delas. Sei que a discriminação não vai acabar, mas sei que devemos combater qualquer tipo dessa manifestação.