Em meio a este conflito, o jornalista e produtor do programa 60 Minutes, Loweel Bergman (Al Pacino), aparece para incentivar Wingard e pressionar o ex-funcionário da Brown & Williamson a revelar o que sabe sobre os males do tabaco. Porém, o pesquisador convive a todo o momento com esta dúvida e ele demonstra certa fragilidade quanto a este dilema. Até que em um determinado ponto do filme, ele decide contar tudo para Bergman.
Wingard concede entrevista para Bergman, mas depois dela pronta, o jornalista sabe que ela será editada e que as denúncias contra a empresa de tabaco não serão ditas. Com esta decisão, ele tenta honrar sua profissão e evitar que seu veículo de comunicação não faça o bom uso do jornalismo.
No entanto, o que chama atenção no longa que conta com o roteiro de Michael Mann (ele também é o diretor) e Eric Roth (trabalhou em Forrest Gump) é a riqueza de detalhes e tensão dos personagens. Além disso, durante o filme, o diretor deixa no ar seguintes perguntas: O que você faria no lugar de Wingard? Você arriscaria sua vida para denunciar uma empresa importante, capaz de comprar o seu silêncio? Caso você fosse Bergman, você deve se aproveitar deste momento delicado do cientista e explorá-lo para ter a sua matéria? E com a decisão de editar a sua entrevista, qual seria sua atitude diante disso?
Percebeu que todas as questões envolvem a ética pessoal-profissional? Então, o telespectador precisa entender o lado dos personagens principais, Jeffrey Wingard e Loweel Bergman, e também o que os levaram a tomar as decisões durante o filme.
Outro ponto importante do filme é o mal que as empresas de tabaco causam ao consumidor e após a denúncia, elas tiveram que pagar mais de 246 trilhões de dólares em indenizações aos cofres públicos norte-americanos. E após assistir o longa, você sentirá que viveu uma experiência bastante interessante.
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